sexta-feira, 18 de novembro de 2011

MENGÃO! PARABÉNS PELOS 30 ANOS DO MUNDIAL!





É, galera, só está valendo mesmo a pena a gente pegar um DVD e rever o Flamengo da Era Zico, aquele Flamengo de verdade, no qual quem estava em campo eram jogadores-torcedores, flamengos de corpo e alma que desceram da arquibancada para envergar o manto sagrado e defendê-lo em campo até a última gota de suor e sangue. Comemorar os 30 anos do título mundial e ouvir a toda hora: "bons tempos..." Saudosismo saudável!
Hoje em dia acho uma hipocrisia um jogador ser contratado por um time e na primeira coletiva beijar o escudo do clube. É amor? Puxa-saquismo da torcida? Seria mais sincero se beijasse o contrato ou o contra-cheque, recheado de dólares.
Raul, Leandro, Marinho, Mozer, Andrade, Júnior, Tita, Adílio, Nunes, Zico, Lico... eles eram os verdadeiros representantes dos torcedores rubro-negros em campo. Não se entregavam às derrotas, com eles não tinha bola perdida, total respeito à Nação Rubro-Negra, o Clube sempre estava acima de tudo, ninguém, nem o próprio Zico, a estrela da companhia, queria mostrar que era melhor do que o companheiro. Nos dão saudades pois não vemos nenhum atual jogador flamenguista com a pele rubro-negra, como já dizia o maestro Leovegildo Júnior. Nenhum com a personalidade suficiente para envergar o manto sagrado, falta-lhes brio! O último grande ídolo do Flamengo nesse estilo foi um jogador criado num continente de cores totalmente diferentes das nossas: Petkovic. Sinal dos tempos.
Quantas diferenças do plantel atual! Isso é que dói.... e tome vaia!
O mais incrível de tudo é que o nosso atual treinador era jogador da época em que o Flamengo começava a reestruturar sua equipe de futebol em meados da década de 70, tendo como ápice a conquista do Mundial de Clubes em 1981! E foi assim até 1983, conquistando o tricampeonato brasileiro. Qual o time de futebol que conseguiu, em todos os tempos, dar alegrias à sua torcida por 10 anos? Talvez o Santos de Pelé, simplesmente o Deus de todos os estádios.
Luxemburgo sabe da importância do Flamengo, da exigência da torcida, conviveu com craques de quilate altíssimo como Zico, Geraldo, Doval, Rondinelli, Júnior (do qual era reserva) e parece não conseguir manter a chama flamenguista, que tem de continuar acesa, com fogo forte! Técnico experiente, dirigiu a Seleção, o Real Madrid, com títulos significativos em sua carreira, que se diz torcedor do Flamengo - algo admirável, que jamais ouvi de treinador nenhum - mas está agindo como cego em tiroteio. Inadimissível!
E tome vaia!
Hoje, no Brasil, é muito difícil surgir um craque a nível de Neymar. Não é como na década de 70 quando tínhamos em nossos gramados Rivelino, Gérson, Zico, Roberto Dinamite, Luiz Pereira, Leandro, Paulo Cézar Caju, Edinho, Falcão, Júnior e até mesmo na época de Romário. Transbordavam talentos que tinham amor ao futebol, amor à camisa, orgulho em defender a Seleção Brasileira, não exatamente com o objetivo de assinar futuros contratos em dólares.
A torcida do Flamengo, a maior do mundo, tem toda razão na sua indignação, no inconformismo e na frase-desabafo: "Time sem-vergonha!"
E tome vaia.