sexta-feira, 25 de junho de 2010

BRASIL 4 X 2 CHILE - COPA DE 1962 - RECORDAR É SE DELICIAR!

"Aquela Copa foi a Copa do Garrincha" resumia Zagallo, que também fez parte da Seleção de 1962 como jogador. Vínhamos do grande triunfo de 1958 na Suécia e o Brasil manteve a base campeã. O grande problema foi que o Rei Pelé sofreu uma grave distensão no músculo adutor da virilha, logo no segundo jogo, no empate sem gols contra a Tchecoslováquia, findando assim sua participação no Mundial do Chile. Sem poder se recuperar a tempo, Amarildo entrou em seu lugar contra a Espanha e jogou muito bem, fazendo os dois gols da vitória canarinho. Com Pelé fora de combate, Mané Garrincha chamou a responsabilidade para si e fez uma das suas melhores atuações na carreira contra a Inglaterra. Brasil 3 a 1.
O Chile era nosso próximo adversário e estava todo cheio de si. Sua violenta seleção jogava a Copa em seu país, ganhara da Suíça por 3 a 1, da Itália por 2 a 0 e da União Soviética por 2 a 1, e achava que podia derrotar o Brasil também. Só que se deram mal, pois pegaram Garrincha num dia de glória. Ele e Vavá fizeram 2 gols cada um na vitória por 4 a 2 e Garrincha arrasou a defesa chilena como quis. Fez um golaço com a perna esquerda, um raro gol de cabeça, abandonou completamente a ponta e fez como se estivesse jogando uma pelada em sua terra natal, Pau Grande, em Magé.
Como curiosidade, os brasileiros temiam que os chilenos colocassem alguma química no almoço que pudesse lhes fazer mal antes do jogo, e apenas lancharam, como prevenção.
Com a eliminação chilena e os números do placar definidos, no final do jogo, cansado de tanto apanhar, Garrincha dá um tostão de leve na bunda do seu marcador, Eladio Rojas, mais de molecagem do que de revide. Rojas caiu e fez o maior teatro possível, e o bandeirinha dedurou Garrincha ao juiz peruano Arturo Yamasaki, que expulsou de campo o nosso camisa 7, escolhido depois como o melhor jogador desse Mundial. Ao sair, Garrincha ainda levou uma pedrada na cabeça, lançada da arquibancada. Mas vocês pensam que Garrincha foi suspenso e não jogou a final contra a Tchecoslováquia? Que nada! Graças a uma manobra política, sumiço da súmula do jogo e outras malandragens, Garrincha foi absolvido e mesmo com febre jogou a final e o Brasil se sagrou bicampeão mundial.




Súmula do jogo Brasil 4 x 2 Chile
Local: Estádio Nacional (Santiago)
13/junho/1962
Árbitro: Arturo Yamazaki (Peru)
Gols: Garrincha 9 e 32, Toro 41 do 1º ; Vavá 3, Leonel Sánchez (pênalti) 16, Vavá 32 do 2º.
BRASIL: Gilmar; Djalma Santos, Mauro, Zózimo e Nílton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Vavá, Amarildo e Zagalo. Técnico: Aimoré Moreira
CHILE: Escutti; Eyzaguirre, Contreras, Raul Sánchez e Rojas; Rodrigues e Tobar; Ramírez, Toro, Landa e Leonel Sánchez. Técnico: Fernando Riera

BRASIL 4 X 2 CHILE - COPA DE 1962 - RECORDAR É SE DELICIAR






BRASIL 4 X 1 CHILE - COPA DE 1998 - RECORDAR É VIVER

Na classificação para as quartas de final da maldita Copa da França, em 1998, Brasil e Chile se enfrentaram pela segunda vez em Mundiais, fazendo o clássico sul-americano. Goleamos e jogamos muito bem. Nosso atual técnico Dunga, então capitão da equipe, cobrou uma falta do lado esquerdo e o volante César Sampaio fez de cabeça o primeiro gol, aos 11 minutos do 1º tempo. No segundo gol, Roberto Carlos bateu uma falta, a bola resvalou na barreira andina, sobrou para Bebeto que passou para César Sampaio, e este aproveitou o rebote e fez o segundo gol. O terceiro gol foi de pênalti, sofrido por Ronaldo no final do primeiro tempo, batido pelo próprio e assim fomos para o intervalo ganhando de 3 a 0 do Chile.
No segundo tempo Ronaldo ainda mandou uma bomba na trave chilena.
O Chile diminuiu com Marcelo Salas de cabeça.
Ronaldo fez seu segundo gol na partida e o quarto do Brasil após uma trama entre César Sampaio e Rivaldo.
Com o placar já sacramentado, Ronaldo, que junto com toda a equipe fez uma excelente partida, ainda chutou outra bola na trave.
Depois ainda passamos pelo ótimo time holandês, conseguindo a classificação para as semifinais na disputa de pênaltis. Então fomos disputar a finalíssima com a França de Zidane, e..... bem, acho melhor concluir por aqui.

Súmula do jogo Brasil 4 x 1 Chile
Local: Parc des Princes (Paris)
27 de junho de 1998
Árbitro: Marc Batta (França)
Gols: 1º tempo: César Sampaio, César Sampaio e Ronaldo (Brasil); 2º Tempo: Marcelo Salas (Chile) e Ronaldo (Brasil).

BRASIL: Taffarel, Cafu, Júnior Baiano, Aldair (Gonçalves) e Roberto Carlos ; Dunga, César Sampaio, Leonardo e Rivaldo; Bebeto (Denílson) e Ronaldo.
Técnico: Zagallo
CHILE: Tapia, Reyes, Vargas, Fuentes e Cornejo; Vega (Ramirez), Mussri (Acuña), Fabian Estay (Sierra) e Aros; Salas e Zamorano.
Técnico: Nelson Acosta
No próximo post, Mané Garrincha arrasa o Chile.
ATÉ....

BRASIL 0 X 0 PORTUGAL: PREVISÍVEL


Bem que eu havia perguntado para um portuga, dono de um bar que frequento de vez em quando, se ele estaria dividido hoje. Ele respondeu o mais em cima do muro possível que qualquer resultado estava bom. Afinal de contas o ganha-pão do lusitano é aqui.
Foi uma das partidas mais previsíveis do Brasil em todas as Copas. Os dois fortes países da mesma chave classificados para as oitavas, com uma certa tendência para uma possível vitória magra do Brasil, que teve mais posse de bola e atacou mais, e até que bateu na trave um chute do Nilmar, o eficiente atacante. Podia ter sido 1 x 0 para nós, mas o 0 x 0 não foi tão injusto assim.
A surpresa foi a ausência do Robinho, que ninguém soube explicar se foi poupado ou estava se recuperando de alguma contusão. Sem Kaká perdemos demais nosso poderio de ataque e criatividade, sem o Robinho também fica ainda mais difícil, e jogando contra uma boa seleção, que é a de Portugal. Ainda bem que o Cristiano Ronaldo não estava nos seus melhores dias, embora tenha dado umas 3 ou 4 situações reais de perigo ao nosso gol.
Quanto aos que entraram, eu já estava vacinado contra o Júlio Baptista e seu futebol burocrático, mas ele ainda foi pior do que eu previ, pois mal tocou na Jabulani. O Ramires, que não é muito criativo mas é rápido e objetivo, entrou em seu lugar e quase fez um gol, mas teve poucos minutos. Já que não dava para convocar o Paulo Henrique Ganso, o Ronaldinho Gaúcho não merecia nem ser o reserva imediato do Kaká? Você acha que devemos andar com um estepe qualquer no carro?
Admiro muito a dedicação do Lúcio. Sem um reserva de qualidade para o Kaká, que desse mais criatividade ao meio de campo, Lúcio foi à frente tentar. E não dava mole na defesa. Foi o melhor em campo para mim, apesar da FIFA ter escolhido Cristiano Ronaldo - que critério é esse?
No geral, valeu a performance da nossa seleção na primeira fase. Mas agora é que a Copa começará para nós, e sempre é assim nas oitavas. A chapa começa a esquentar na segunda-feira contra o Chile, um velho conhecido de Copas América e com dois confrontos em Mundiais.
Já jogamos contra Portugal, que também enfrentamos numa Copa anterior, e agora o Chile, que enfrentamos em 1962 e 1998. No próximo post recordarei os dois confrontos.

ATÉ LÁ!

A ÁFRICA JÁ TEM TANTA ZEBRA... PRA QUE MAIS?



Tinha que ser na África mesmo, uma Copa com tanta "zebra". Mas será que essas zebras são realmente o contrário do que deveria ser?
Comecemos pela França, vice-campeã da última Copa e que teve literalmente aquela "mãozinha" do Henry nas eliminatórias para se classificar. Seu melhor jogo, ou o menos pior, foi o empate sem gols com os ascendentes uruguaios (nossa, esse jogo me deu um sono!). Não contavam mais com o Professor Zidane e pra entornar todo o caldo francês ainda estourou uma crise na seleção a ponto de virar caso de Estado com intervenção da Ministra da Saúde e Esporte Roselyne Barchelot (eu, hein...), e perderam até o patrocínio de um banco. Tudo começou quando Nicolas Anelka foi substituído por ter ofendido o treinador Raymond Domenech. Perderam para o México e para a África do Sul. Zebra? De acordo com as circunstâncias, não.
E a Itália, atual campeã, detentora de quatro títulos mundiais, que nem teve a chance de ir para as oitavas? O técnico Marcello Lippi assumiu a culpa após a derrota para a Eslováquia, uma das metades da extinta "Tchecoslováquia", que marcou sua presença em alguns mundiais. Dois empates e uma derrota para a seleção mais fraca teoricamente de sua chave. Só terminou em quarto lugar, pois não tinha colocação mais baixa que essa.
A tricampeã Alemanha, que das 18 Copas realizadas só não participou de apenas duas: 1930 e 1950, perdeu seu craque Ballack às vésperas, começou muito bem goleando a Austrália mas também deu sua escorregada na Copa perdendo para a Sérvia por 1 a 0. Quase que não vai para as oitavas.
A Inglaterra, sem sua estrela David Beckham, quase que repete a zebra de 1950 quando perdeu para os Estados Unidos naquela Copa por 1 a 0, só que agora empatou com os americanos, mas perdeu para a Eslovênia (divisão da Yugoslávia) e por pouco também não dança.
Vimos também uma brava Suíça vencer a tão badalada Espanha. Ora, os melhores jogadores do campeonato espanhol não são da terra!
Temos em todos os clubes europeus principalmente jogadores brasileiros e argentinos que fazem a verdadeira diferença nesses campeonatos, sem contar os naturalizados - só em Portugal temos 3 luso-brasileiros, e na Alemanha um! A Internazionale de Milão tem 3 brasileiros titulares da seleção e da nossa defesa: o goleiro Júlio César e os zagueiros Maicon e Lúcio, todos os melhores do mundo em suas posições. O Roma tem Júlo Baptista, Juan e Doni. Os argentinos têm seus craques espalhados por toda a Europa, assim como os uguguaios, os chilenos e os paraguaios. Verdadeira Torre de Babel nessa globalização no esporte.
Estou terminando essa crônica agora, pois faltam poucos minutos para um jogo no qual devemos dar um coice na zebra.
Agora é esquecer os outros países e TORCER PARA O NOSSO BRASIL!!!!!
ATÉ A PRÓXIMA!