domingo, 16 de maio de 2010

SE A SELEÇÃO FOSSE ESSA... ERA HEXA!!!!!


Dicas de como fazer a redação nota 10!


- Conte as palavras do parágrafo;

- divida as palavras do parágrafo pelas frases do parágrafo;

- conte o número de palavras proparoxítonas; some ao resultado da divisão anterior; multiplique este resultado por 0,4.


1) se o resultado for 7, é história em quadrinhos;

2) se o resultado for 9, o texto é ótimo;

3) se o resultado for 12, o texto é bom;

4) se o resultado for 15, o texto é razoável.


Obs: se for o caso, resuma seu texto.

RAIN/PAPERBACK WRITER - The Beatles - abril 1966

Os Beatles são os Midas do pop, que transformam em música tudo que tocam, vêem, ouvem, sentem ou sonham. Os quatro fabulosos, fantásticos, num conjunto de seus instrumentos, picardias individuais que faz a chuva cair, como numa dança mágica e indígena, em "Rain"; algo que desce dos céus como os quatro? As *Epiphones de John e George são as gotas pesadas quando tocam a terra, o baixo de Paul é o som abafado da última gota de suor no palco, Ringo faz com que a bateria reproduza a onda tsunami provocada pela incessante chuveirada divina e John arrasta sua voz molhando nossas almas.Lennon canta ao contrário no final, para como um deus tentar fazer voltar o tempo para que o sol brilhe numa enfumaçada e cinzenta Liverpool.
*Epiphone é uma empresa fabricante de instrumentos musicais, principalmente guitarras e baixos elétricos. Em 2009 era subsidiária da Gibson, mas até antes dos anos 50 era sua maior concorrente.
Paperback Writer" foi gravada na segunda sessão do mesmo dia em que terminaram de gravar "Love You Too", de George Harrison, dia 13 de abril de 1966. No dia seguinte, que também teve duas sessões de trabalho em Abbey Road, os Beatles terminaram "Paperback" e a segunda sessão de trabalho do dia foi para o LADO B do single, a música "Rain". O excelente compacto "Paperback Writer/Rain" - músicas que também foram clips - foi lançado no dia 9 de junho de 1966, e chegou ao 1º lugar pouco antes da viagem para Munique. Revolver foi lançado em 5 de agosto de 1966, antes da última turnée, nos EUA.

DISCOTECA BÁSICA DO BARÃO - Eletric Ladyland (Jimi Hendrix) 1968





Nunca no rock alguém foi tão pesado como Jimi Hendrix, nem mesmo os grupos rotulados como "heavy metal". O gênio que, firmando uma argamassa blues e hard construía os alicerces para o som de guitarra mais revolucionário de todos os tempos.
Qual um guerrilheiro, Hendrix arrancava da guitarra riffs detonadores de canhões, explosivos de amplificadores, colocando fogo literalmente nos instrumentos em quartos cheios de espelhos, onde conversava com Joe.
O mestre do blues pesado eletrônico não se considerava perfeito: " - Às vezes a música que escuto na minha mente, não consigo reproduzir na guitarra." E sua humildade era tão grande quanto sua técnica, a ponto de inusitadamente pedir que a divindade Eric Clapton, então na platéia de um de seus shows, subisse ao palco e o ajudasse a afinar uma guitarra.
Sua criatividade e intuição superava seus próprios limites e até mesmo seu pouco conhecimento de teoria musical ao dedilhar cordas com a ousadia de quem pedia licença para beijar o céu, o que aconteceu prematuramente ao completar 27 anos de idade, exatamente no instante em que a juventude tinha fome e sede de sua música e sua carreira estava no auge.
Audacioso a ponto de tocar em sua Stratocaster o Hino dos Estados Unidos da América em Woodstock, acompanhado de sons de bombas e metralhadoras feitos pela sua guitarra (seria em revolta à Guerra do Vietnã?) para um público já reduzido de um interminável festival, no qual ele fechava com chave de ouro. Outro artista jamais poderia fechar Woodstock: "podem ir embora se quiserem, faremos apenas uma jam-session". Quem ficou acabou assistindo uma de suas maiores apresentações na carreira.
James Marshall Hendrix, natural de Seattle (EUA) era um obcecado por eletrônica. Usava e abusava de pedais, cristais, acionava e entortava alavancas e transformava até microfonia em música.
Para quem menospreza a raça negra, que se conforme com o fato do maior da guitarra ter sido um negro, e outro que surgia na mesma época, também negro, reinava absoluto em outro departamento, e reina até hoje: Pelé. Os negros fantásticos e insuperáveis davam um tapa de luva de pelica na cara dos estúpidos racistas.
A bola nunca mais foi a mesma depois de Pelé. E a guitarra nunca mais foi a mesma depois de Jimi Hendrix, que não queria ser herói ou mártir, mas que jamais foi superado em sua arte.

Electric Ladyland é o terceiro e último álbum de estúdio do grupo The Jimi Hendrix Experience, integrado por ele, pelo baterista Mitch Mitchell e pelo baixista Noel Redding, e foi lançado em 1968. É considerado um dos maiores álbuns da história do rock.

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sábado, 15 de maio de 2010

Polêmicas (e detalhes) nas convocações da Seleção Brasileira desde 1930






1930 - O Brasil fora representado só por jogadores que atuavam nos clubes cariocas. Começa daí a rixa com os paulistas. Mas Araken Patusca (Abraham Patusca da Silveira, foto ao lado) foi o único jogador paulista a defender a seleção brasileira que disputou esta copa por estar brigado com seu clube, o Santos.




Flávio Costa e Heleno: desafetos
1950 - O técnico Flávio Costa foi duramente criticado por ter convocado o jogador Alfredo II por este ser reserva no Vasco da Gama. "Preciso de um coringa", foi sua explicação.
Também pediam a convocação de Leônidas da Silva, mas este já contava com 36 anos de idade, e até do grande Heleno de Freitas, mas Heleno já mostrava sinais de desequilíbrio mental e se tornara um desafeto de Flávio Costa. Segundo o próprio Heleno, se ele estivesse dentro de campo na final, os uruguaios não teriam se criado.


1954 - José Carlos Bauer é único jogador titular que participou da campanha de 1950 e que foi convocado em 1954. Grandes craques como Danilo, Zizinho, Ademir e Jair Rosa Pinto, ainda em forma, não foram chamados por terem criado fama negativa devido à derrota na Copa anterior. Talvez se Zezé Moreira mantivesse a base de 50, com novos craques da época, não teríamos sucumbido à Hungria na segunda fase...














Bauer: remanescente de 1950

1958 - Fato inédito foi o ponta-direita Júlio Botelho ter recusado a convocação em 1958. Em carta à então CBD, Julinho, como era chamado, escrevera que se achava em plena forma física e técnica e nada o emocionava tanto quanto representar seu país no esporte. Mas jogava na Fiorentina da Itália, e não achava justo tomar o lugar daqueles que ficaram no Brasil disputando a vaga, agradecendo e finalizando o assunto.
Se Julinho tivesse ido, Mané Garrincha não teria aparecido para o mundo, pois o titular da ponta-direita era Joel, do Flamengo e consequentemente Garrincha não seria convocado. Garrincha estreou contra a URSS, arrasou na Suécia, ajudando nossa seleção a ser campeã mundial pela primeira vez.

1966 - A CBD achava justo que os campeões de 1958 e 1962 fossem tri em 1966. O tricampeonato era considerado "favas contadas", e foram convocados jogadores muito veteranos como Gilmar, Bellini, Djalma Santos, Orlando, Zito, e Mané Garrincha sofria demais com os problemas no joelho. Dos bicampeões, apenas Pelé foi convocado pelo que estava jogando. Foram deixados no Brasil ótimas promessas como Carlos Alberto Torres, Paulo Borges e Djalma Dias. Resultado: eliminados na primeira fase.

1970 - O Brasil vivia sua ditadurazinha particular, e o Presidente Médici, General do Exército, sugeria pela imprensa ao técnico João Saldanha a convocação de Dario, atacante do Atlético Mineiro. Saldanha, comunista e sem papas na língua, respondeu também pela imprensa que não dera palpite na escalação do ministério dele, então que Médici não se metesse na sua convocação. Foi apenas um estopim para tirar Saldanha. Logo depois, o resultado: Saldanha não convocou Dario, e foi demitido. Zagalo convocou Dario e manteve seu emprego até 1974. Brasil tricampeão, mas graças à base do time que Saldanha montara nas eliminatórias.

1974 - Novas caras brasileiras, novas e grandes seleções na Europa. A safra brasileira não era das melhores. Pelé, ainda em forma e com 33 anos, recusou a convocação; já havia se despedido da seleção em 1971. Apesar da imposição do governo militar brasileiro, o Rei não voltou atrás. Gérson, fora de forma, não foi convocado e Tostão, com problemas na visão, abandonara o futebol antes da Copa. Os três formavam o alicerce do time de 1970. Os remanescentes, Rivelino, Jairzinho e Paulo Cézar Caju não encontraram seu melhor futebol. Ademir da Guia, o divino, foi convocado mas só entrou na disputa do terceiro lugar contra a Polônia. Zagalo conseguiu um quarto lugar, e foi de bom tamanho.

1978 - O truculento Chicão, cabeça-de-área do São Paulo, foi chamado em vez do clássico Falcão, que mais tarde seria o Rei de Roma. Paulo Cézar Caju criticou as premiações baixas nas eliminatórias e fora cortado por indisciplina. O técnico Cláudio Coutinho, Capitão do Exército, improvisara o quarto-zagueiro Edinho na lateral-esquerda em vez de chamar o especialista Júnior, do Flamengo, que ainda não era o maestro, mas já sabia de tudo da posição. "Somos campeões morais", foi a clássica frase citada por Coutinho ao conseguir o terceiro lugar.

1982 - Telê Santana não quis um atacante especialista no setor direito, e o vai-e-vem do lateral Leandro, de uma linha de fundo a outra, era um trabalho para o Super-Homem. Aliás, tínhamos Tita no banco, que já jogava com Leandro no Flamengo, mas o teimoso técnico mineiro manteve a seleção "capenga" desse lado.

1986 - Revoltado com o corte do atacante Renato Gaúcho, Leandro não compareceu ao embarque para o México em solidariedade ao colega de farra, apesar das súplicas de Zico e Júnior, que foram à sua residência buscá-lo em cima da hora, em vão. Para seu lugar Telê Santana, pela segunda vez o técnico, convocou Josimar, lateral-direito do Botafogo, que fez dois golaços de fora da área: um contra a Irlanda do Norte e o outro contra a Polônia.
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Poucos sabem, mas Pelé, aos 45 anos de idade, se colocara à disposição de Telê para disputar essa Copa. O Rei queria ajudar Zico e companhia nem que fosse para jogar apenas um tempo ou alguns minutos, e não estava de brincadeira: falava sério. Considerando a atitude fora de propósito, Telê não levou em consideração o nobre e corajoso gesto do Rei Pelé.

1990 - Sebastião Lazaroni convocou apenas 10 jogadores que atuavam em clubes brasileiros. Dos titulares, apenas o goleiro Taffarel e depois Mauro Galvão e Ricardo Rocha jogavam no Brasil. Era uma época de grave crise financeira no país, então houve um grande êxodo de atletas para o exterior. Apesar de ainda estar em plena forma física e técnica, e ainda atuar no pesado futebol de areia, o maestro Júnior, com 36 anos de idade e já jogando no meio de campo, poderia ter evitado o fracasso da seleção, mas Lazaroni o deixou no Brasil. Pedidos para a convocação de Zico foram feitos, mas próprio Galinho não se considerava na forma física ideal para a disputa de um torneio tão importante. E "los hermanos" argentinos nos tiraram do páreo no quarto jogo.

1994 - A dupla Parreira-Zagallo, respectivamente técnico e coordenador técnico da Seleção, só convocou Romário no último jogo das eliminatórias, cedendo à pressão nacional. E fez bem em ceder: Romário fez os dois gols contra o Uruguai na última partida, garantiu a seleção na Copa, o Brasil foi tetracampeão e o baixinho, peça fundamental na conquista, foi eleito o melhor jogador do mundo no ano.

1998 - Apenas oito jogadores brasileiros dos 22 convocados atuavam em clubes do país. Romário foi convocado a princípio mesmo lesionado, pois os médicos achavam que a contusão na panturrilha ficaria curada a tempo do baixinho estrear nos gramados franceses... mas não deu para disputar sua terceira Copa. O volante Emerson foi chamado para substituí-lo.
Foi nessa Copa a estréia de Ronaldo Fenômeno (havia sido convocado em 1994, mas nem entrou em campo) e o mundo presenciou a França campeã pela primeira vez, numa partida contra o Brasil, em cujos bastidores surgiram histórias envolvendo Ronaldo, a CBF e seu contrato com a Nike, que até hoje estão mal contadas.

2002 - A imprensa pressionava; o povo pedia; até o presidente da CBF Ricardo Teixeira fez lobby para a convocação de Romário para essa Copa. O próprio apelou via lágrimas em cadeia nacional que queria disputar seu derradeiro Mundial. Mas o técnico Felipão foi firme e preferiu levar Edilson Capetinha, Luisão, Denílson, Rivaldo, e os Ronaldos (o Fenômeno e o Gaúcho) como opções para o ataque. O baixinho ficou no Brasil, mas Ronaldo Fenômeno, após meses e meses em tratamento no joelho, deu a volta por cima e tornou-se artilheiro com 8 gols na Copa em que fomos Pentacampeões.

2006 - Junto com a convocação mais recente, da seleção de 2010, essa se iguala em número de brasileiros atuantes em seus times no país. Apenas 3: Rogério Ceni e Mineiro (ambos do São Paulo FC - este último chamado para o lugar de Edmilson, do Barcelona, por contusão), e Ricardinho (Corinthians). Para 2010, irão Gilberto (Cruzeiro), Kleberson (Flamengo) e Robinho (Santos)

2010 - Já falei em post anterior que não se deve abrir mão de verdadeiros talentos (leia-se Paulo Henrique Ganso e Neymar) para uma disputa tão importante, valendo o título mundial.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

DISCOTECA BÁSICA DO BARÃO - LET IT BLEED (ROLLING STONES) - Dezembro de 1969



Download - http://www.filestube.com/f7478ffe2e6d319103e9,g/THE-ROLLING-STONES-1969-Let-It-Bleed.html


O famoso e lendário "disco do bolo" fazia parecer com que os Stones estivessem comemorando uma nova era em suas carreiras, e por que não dizer: na música popular. Nessa época, seus "arqui-rivais" Beatles estavam começando a se retirar de cena, e parecia que não haveria mais ninguém a lhes fazer sombra. Havia a ascenção do rock progressivo e grupos como The Who e Led Zeppelin, mas os veteranos Stones, contemporâneos dos Beatles, já estavam na estrada há seis anos.

DIVISOR DE ÁGUAS
Esse é o verdadeiro e definitivo divisor de águas da carreira dos Stones, porque marca a última participação em estúdio do já quase moribundo fundador da banda, Brian Jones, e a primeira de seu sucessor, o jovem e virtuoso Mick Taylor. O curioso é que ambos participaram de duas músicas cada um.

O MAESTRO KEITH
A princípio parece uma continuação do trabalho anterior "Beggar's Banquet", seguindo a mesma linha musical, ambos recheados de blues, as raízes da banda, e ambos sob a batuta do grande maestro-guitarrista Keith Richards, e com clássicos como "Gimme Shelter", "Love in Vain"(Robert Johnson) e "Midnight Rambler" que só a guitarra de Richards saberia ter produzido e que só o vocal de Mick Jagger saberia ter reproduzido. Os Rolling Stones atravessavam sua melhor fase passando pela produção de quatro álbuns absolutamente geniais, pois logo após viriam ao mundo "Stick Fingers" e "Exile on Main St.", atravessando a década de 60 para 70 em grande estilo.

Até hoje os Stones incluem em seu repertório de turnês os clássicos de "Let It Bleed" e também de "Beggar's Banquet", "Stick Fingers" e "Exile on Main St.", causando grande apoteose em suas apresentações, e qualquer uma dessas quatro obras-primas do rock poderiam constar, sem problema algum na DISCOTECA BÁSICA DO BARÃO.
Let it Bleed fechava a década de 60 com chave de ouro, e também era uma prévia do que os Stones ainda iriam aprontar na década seguinte.
Até a próxima!

DISCOTECA BÁSICA DO BARÃO - REVOLVER - THE BEATLES - Agosto 1966



1.Taxman (Harrison)
2.Eleanor Rigby (Lennon-McCartney)
3.I’m Only Sleeping (Lennon-McCartney)4.Love You To (Harrison)5.Here, There and Everywhere (Lennon-McCartney)
6.Yellow Submarine (Lennon-McCartney)7.She Said She Said (Lennon-McCartney)
8.Good Day Sunshine (Lennon-McCartney)
9.And Your Bird Can Sing (Lennon-McCartney)
10.For No One (Lennon-McCartney)11.Doctor Robert (Lennon-McCartney)12.I Want to Tell You (Harrison)
13.Got to Get You into My Life (Lennon-McCartney)14.Tomorrow Never Knows (Lennon-McCartney)


Corria o ano de 1966, e a Inglaterra ditava a moda. A modelo Twiggy era a sensação britânica, e foi considerada a primeira top model do mundo. Os Rolling Stones, "rivais" dos Beatles, já eram os Rolling Stones graças ao estrondoso sucesso do ano anterior: Satisfaction (I Can't Get No). A seleção inglesa tornava-se campeã mundial, derrotando a Alemanha Ocidental de Beckenbauer. Mas na década de 60, fosse na Grã-Bretanha ou nas Filipinas (desse país falarei adiante), ninguém era mais famoso do que os Beatles. Eles vinham excursionando pelo Reino Unido e pelo mundo desde 1962 mas já estavam cansados dos hotéis, excursões, tietes selvagens e de tocar em palcos por todo o planeta, nos quais eles próprios não conseguiam se ouvir.

À essa altura, os rapazes estavam mesmo na intenção de dar uma pisada no freio. John, George e Ringo estavam cansados - e casados - e Paul mantinha uma relação sólida com a atriz Jane Asher.

Mesmo com toda reviravolta na carreira, os Beatles amadureciam e continuavam a trabalhar cada vez melhor nos seus arranjos  e composições. Nenhuma força paralela era capaz de deter a criatividade e a vontade em fazer excelentes músicas. Incorporaram mais instrumentos indianos, ditaram essa moda, e inventaram sons com objetos concretos e abstratos.

POLÊMICAS E REVOLUÇÕES Foi o ano em que John Lennon declarou que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo, e desencadeou uma polêmica tão difícil de conter quanto um furacão. Em algumas regiões dos Estados Unidos, pessoas queimavam em praças públicas discos, posters, livros, revistas, e toda gama de memorabilia dos Beatles em represália à declaração de Lennon, considerara por eles a maior blasfêmia de todos os tempos, incentivados por alguns locutores de rádio norte-americanos.
Grupos religiosos ameaçavam as integridades físicas dos rapazes, cujas apresentações na última turnê dos EUA subiam aos palcos temerosos do que poderia acontecer. No final de tudo, entre mortos e feridos salvaram-se todos.
Mas o que entornou o caldo de chumbo quente nesse ano foi a produção do sétimo LP (antigo long play, de vinil) da banda, REVOLVER, lançado em agosto desse ano. Um trabalho típico dos Beatles, na verdade a "cara deles": as baladas de Paul McCartney, o beatle mais romântico musicalmente, os rocks pesados de um inconformado John Lennon, as incursões de um introspectivo George Harrison pelo oriente e a viagem com Ringo Star no leme de Yellow Submarine. Revolver é apimentado pelo uso de drogas dos quatro fabulosos, e nitidamente vemos e ouvimos as influências químicas e psicodélicas nas canções. Outra revolução também foi com os arranjos, praticamente impossíveis de se reproduzirem ao vivo na época, tanto que nas apresentações de 1966 não tocaram nenhuma música do novo trabalho. E pela primeira vez um álbum dos rapazes de Liverpool abre com uma música de George Harrison, que teve espaço para três canções nesse disco. Revolver não foi feito propriamente para se dançar, e sim para parar tudo que você estivesse fazendo e simplesmente viajar.


Obs: duas excelentes canções não constaram no álbum, embora tenham participado das sessões de gravação de REVOLVER em Abbey Road. São elas Paperback Writer e Rain, ambas com as características típicas do som dos Beatles na época. Foram lançadas em single.


O CANTO DO CISNE
Os Beatles se apresentaram no Candlestick Park, em San Francisco, EUA, no dia 29 de agosto de 1966 pela última vez, e nunca mais foram vistos tocando juntos num palco. Decidiram parar de excursionar por diversos fatores, principalmente técnicos, mas retiraram-se com a sensação do dever muitíssimo bem cumprido para o show business, e isso gerou especulações quanto à dissolução do grupo. Mas ainda era 1966 e os Beatles ainda tinham muita coisa para mostrar.



quinta-feira, 13 de maio de 2010

CONVOCAÇÃO DA SELEÇÃO 2010


Parece que logo após o amistoso contra a Irlanda, em março desse ano, Dunga virou-se para seu auxiliar técnico Jorginho e disse: "Pronto. Já sei qual será o grupo para a Copa. Fechamos."
Só que, de março até hoje, muita água rolou debaixo da ponte. Pensei em surpresas, como o veterano Roberto Carlos, pois não podemos negar que poderia resolver o problema crônico da lateral-esquerda, além de seu potente chute, mas será que Dunga lembrou o episódio negativo da omissão do lateral no gol de Henry em 2006? Até hoje isso está entalado nas gargantas brasileiras.
E só quem não acompanha nosso futebol é que não pensou nos fantásticos Paulo Henrique Ganso e Neymar, vivendo excelentes fases, e que junto com Robinho, no Santos, fazem um "power trio" que revive a alegria brasileira de jogar futebol. Imagine o que esses três aprontariam na África do Sul? Se Kaká, que não vive boa fase, precisar ser substituído no decorrer de uma partida, teremos que contar com o futebol burocrático e previsível de Júlio Batista, reserva no Roma? E levar o Grafite em vez de levar o Neymar é como optar por bofe em vez de filé mignon.
A meu ver, uma das únicas decisões acertadas foi não levar Adriano, atacante do Flamengo, que ultimamente não está merecendo ser titular em seu próprio clube.
Dunga não quis arriscar. Não querer arriscar só um pouquinho é falta de coragem.
Mas a lista é essa, e fim de papo. Em todas as Copas do Mundo haverá polêmica nas convocações da seleção brasileira. Sempre foi assim e sempre será assim.