
Futuros tricampeões como Brito, Gérson, Jairzinho, Tostão, Edu e, claro, Pelé, estavam entre os 22 convocados. Deixaram uma então jovem promessa no Brasil, aquele que quatro anos mais tarde levantaria a Jules Rimet como capitão da equipe: Carlos Alberto Torres.

O Brasil precisava ganhar, pois vinha de uma vitória contra a Bulgária (2 a 0) com gols de Pelé e Garrincha - vale lembrar que foi a última partida oficial em que os nossos dois gênios do futebol participaram juntos - e uma derrota para a Hungria (1 a 3) descontando o jovem Tostão, de 19 anos. No entanto a caravela portuguesa, capitaneada pelo técnico brasileiro Oto Glória, fez nossa seleção naufragar, pois contava com craques como Simões, Coluna e Eusébio, que foi o artilheiro daquela Copa com 9 gols, e visto como o "Pelé português". Quanto ao verdadeiro Rei, este entrou em campo contundido, e ainda foi caçado pelos açougueiros lusos.

Naquele 19 de julho, em Liverpool, nem numa viagem de ácido inglês imaginaria-se a classificação do Brasil. Só a CBD não contava com a evolução do futebol europeu, principalmente Portugal, Inglaterra e Alemanha, e achava que o tricampeonato estava certo como o sucesso dos Beatles na época. A Comissão Técnica estava desorganizada, ninguém sabia quem seria titular, e depois da derrota para a Hungria mais da metade da equipe foi substituída. O clima era péssimo. Foi uma das piores participações do Brasil em Mundiais. Mas foi exatamente uma queda brusca no gráfico entre 1962 e 1970, a verdadeira tempestade que veio antes da bonança de 1970.
Súmula do jogo Brasil 1 x 3 Portugal
Local: Goodison Park (Liverpool)
Árbitro: McCabe (Inglaterra)
Gols: 1º tempo: Eusébio e Simões (Portugal); 2º Tempo: Eusébio (Portugal) e Rildo (Brasil).
BRASIL: Manga; Fidélis, Brito, Orlando e Rildo; Denílson e Lima; Jairzinho, Silva, Pelé e Paraná. Técnico: Vicente Feola
PORTUGAL: José Pereira; Morais, Batista, Vicente e Hilário; Jaime Graça e Coluna; José Augusto, Eusébio, Torres e Simões. Técnico: Oto Glória
Colocação do Brasil na Copa de 1966 - 11º lugar
Bem... 44 anos se passaram... Não temos mais Pelé, Garrincha nem Eusébio, nem mesmo o estádio de Wembley, onde se deu a final dessa Copa entre Inglaterra e Alemanha, com vitória dos súditos da Rainha Elizabeth II.
Daqui a algumas horas vamos torcer para que Brasil e Portugal seja completamente diferente de 1966, não é?
ATÉ A PRÓXIMA!!!