sexta-feira, 14 de maio de 2010

DISCOTECA BÁSICA DO BARÃO - LET IT BLEED (ROLLING STONES) - Dezembro de 1969



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O famoso e lendário "disco do bolo" fazia parecer com que os Stones estivessem comemorando uma nova era em suas carreiras, e por que não dizer: na música popular. Nessa época, seus "arqui-rivais" Beatles estavam começando a se retirar de cena, e parecia que não haveria mais ninguém a lhes fazer sombra. Havia a ascenção do rock progressivo e grupos como The Who e Led Zeppelin, mas os veteranos Stones, contemporâneos dos Beatles, já estavam na estrada há seis anos.

DIVISOR DE ÁGUAS
Esse é o verdadeiro e definitivo divisor de águas da carreira dos Stones, porque marca a última participação em estúdio do já quase moribundo fundador da banda, Brian Jones, e a primeira de seu sucessor, o jovem e virtuoso Mick Taylor. O curioso é que ambos participaram de duas músicas cada um.

O MAESTRO KEITH
A princípio parece uma continuação do trabalho anterior "Beggar's Banquet", seguindo a mesma linha musical, ambos recheados de blues, as raízes da banda, e ambos sob a batuta do grande maestro-guitarrista Keith Richards, e com clássicos como "Gimme Shelter", "Love in Vain"(Robert Johnson) e "Midnight Rambler" que só a guitarra de Richards saberia ter produzido e que só o vocal de Mick Jagger saberia ter reproduzido. Os Rolling Stones atravessavam sua melhor fase passando pela produção de quatro álbuns absolutamente geniais, pois logo após viriam ao mundo "Stick Fingers" e "Exile on Main St.", atravessando a década de 60 para 70 em grande estilo.

Até hoje os Stones incluem em seu repertório de turnês os clássicos de "Let It Bleed" e também de "Beggar's Banquet", "Stick Fingers" e "Exile on Main St.", causando grande apoteose em suas apresentações, e qualquer uma dessas quatro obras-primas do rock poderiam constar, sem problema algum na DISCOTECA BÁSICA DO BARÃO.
Let it Bleed fechava a década de 60 com chave de ouro, e também era uma prévia do que os Stones ainda iriam aprontar na década seguinte.
Até a próxima!

DISCOTECA BÁSICA DO BARÃO - REVOLVER - THE BEATLES - Agosto 1966



1.Taxman (Harrison)
2.Eleanor Rigby (Lennon-McCartney)
3.I’m Only Sleeping (Lennon-McCartney)4.Love You To (Harrison)5.Here, There and Everywhere (Lennon-McCartney)
6.Yellow Submarine (Lennon-McCartney)7.She Said She Said (Lennon-McCartney)
8.Good Day Sunshine (Lennon-McCartney)
9.And Your Bird Can Sing (Lennon-McCartney)
10.For No One (Lennon-McCartney)11.Doctor Robert (Lennon-McCartney)12.I Want to Tell You (Harrison)
13.Got to Get You into My Life (Lennon-McCartney)14.Tomorrow Never Knows (Lennon-McCartney)


Corria o ano de 1966, e a Inglaterra ditava a moda. A modelo Twiggy era a sensação britânica, e foi considerada a primeira top model do mundo. Os Rolling Stones, "rivais" dos Beatles, já eram os Rolling Stones graças ao estrondoso sucesso do ano anterior: Satisfaction (I Can't Get No). A seleção inglesa tornava-se campeã mundial, derrotando a Alemanha Ocidental de Beckenbauer. Mas na década de 60, fosse na Grã-Bretanha ou nas Filipinas (desse país falarei adiante), ninguém era mais famoso do que os Beatles. Eles vinham excursionando pelo Reino Unido e pelo mundo desde 1962 mas já estavam cansados dos hotéis, excursões, tietes selvagens e de tocar em palcos por todo o planeta, nos quais eles próprios não conseguiam se ouvir.

À essa altura, os rapazes estavam mesmo na intenção de dar uma pisada no freio. John, George e Ringo estavam cansados - e casados - e Paul mantinha uma relação sólida com a atriz Jane Asher.

Mesmo com toda reviravolta na carreira, os Beatles amadureciam e continuavam a trabalhar cada vez melhor nos seus arranjos  e composições. Nenhuma força paralela era capaz de deter a criatividade e a vontade em fazer excelentes músicas. Incorporaram mais instrumentos indianos, ditaram essa moda, e inventaram sons com objetos concretos e abstratos.

POLÊMICAS E REVOLUÇÕES Foi o ano em que John Lennon declarou que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo, e desencadeou uma polêmica tão difícil de conter quanto um furacão. Em algumas regiões dos Estados Unidos, pessoas queimavam em praças públicas discos, posters, livros, revistas, e toda gama de memorabilia dos Beatles em represália à declaração de Lennon, considerara por eles a maior blasfêmia de todos os tempos, incentivados por alguns locutores de rádio norte-americanos.
Grupos religiosos ameaçavam as integridades físicas dos rapazes, cujas apresentações na última turnê dos EUA subiam aos palcos temerosos do que poderia acontecer. No final de tudo, entre mortos e feridos salvaram-se todos.
Mas o que entornou o caldo de chumbo quente nesse ano foi a produção do sétimo LP (antigo long play, de vinil) da banda, REVOLVER, lançado em agosto desse ano. Um trabalho típico dos Beatles, na verdade a "cara deles": as baladas de Paul McCartney, o beatle mais romântico musicalmente, os rocks pesados de um inconformado John Lennon, as incursões de um introspectivo George Harrison pelo oriente e a viagem com Ringo Star no leme de Yellow Submarine. Revolver é apimentado pelo uso de drogas dos quatro fabulosos, e nitidamente vemos e ouvimos as influências químicas e psicodélicas nas canções. Outra revolução também foi com os arranjos, praticamente impossíveis de se reproduzirem ao vivo na época, tanto que nas apresentações de 1966 não tocaram nenhuma música do novo trabalho. E pela primeira vez um álbum dos rapazes de Liverpool abre com uma música de George Harrison, que teve espaço para três canções nesse disco. Revolver não foi feito propriamente para se dançar, e sim para parar tudo que você estivesse fazendo e simplesmente viajar.


Obs: duas excelentes canções não constaram no álbum, embora tenham participado das sessões de gravação de REVOLVER em Abbey Road. São elas Paperback Writer e Rain, ambas com as características típicas do som dos Beatles na época. Foram lançadas em single.


O CANTO DO CISNE
Os Beatles se apresentaram no Candlestick Park, em San Francisco, EUA, no dia 29 de agosto de 1966 pela última vez, e nunca mais foram vistos tocando juntos num palco. Decidiram parar de excursionar por diversos fatores, principalmente técnicos, mas retiraram-se com a sensação do dever muitíssimo bem cumprido para o show business, e isso gerou especulações quanto à dissolução do grupo. Mas ainda era 1966 e os Beatles ainda tinham muita coisa para mostrar.