sábado, 31 de março de 2018

Como o Flamengo voltará a ser vitorioso

Campeão Mundial com Zico, Tita, Andrade, Leandro e Júnior

Uma frase muito feliz do Zico, nas redes sociais: "Todo jogador que vem para o Flamengo, tem que conhecer a história do clube. Porque o Flamengo é diferenciado". 
O Flamengo é especialíssimo sim. Muitos craques acima da média, que vestiram o manto rubro-negro e sagrado, não conseguiram tornar-se ídolos, tampouco se destacar. Por quê? É preciso esquecer que está fazendo jus a um salário muito acima da média dos brasileiros e se conscientizar que está defendendo o time de uma massa exigente, apaixonada, acostumada a vencer, que até admite erros, mas não admite falta de brio, de raça, não admite mercenarismo. É preciso esquecer que está na maior vitrine do Brasil para conseguir um contrato com clubes europeus. 
É preciso amar o Flamengo!
Acho que o Flamengo deveria recrutar ex-jogadores que honraram o manto sagrado para palestrar uma vez por mês para o atual plantel o que significa defender o Mais Querido - e o mais odiado pelos adversários. Saber que será uma oportunidade única na vida, na carreira, de defender o Flamengo, que é muito mais do que um clube. 
Esse projeto fará com que o Flamengo volte a trilhar seu caminho vitorioso, quando vários títulos eram conquistados num só ano. 
Para Júnior, Leandro, Zico, Tita, Adílio e outros flamenguistas desde a primeira troca de fralda, que tiveram a honra de jogar pelo clube, e que o próprio Flamengo teve de tê-los como ídolos inesquecíveis, é facil explicar isso. Mesmo até para o gringo Petkovic, formado em gramados tão diferentes dos brasileiros, mas que defendeu o Mengão com amor e dedicação, como se fosse cria da Gávea. 
Não precisa escolher as palavras numa palestra, basta demonstrar a emoção que isso significou em suas carreiras. Quem tiver um mínimo de sensibilidade, entenderá isso. 
Quem não tiver, que procure outro lugar para jogar. Porque isso é FLAMENGO!

quarta-feira, 21 de março de 2018

Um desconsolado David Luiz entre os alemães na derrota de 7 x 1

Brasil e Alemanha se enfrentarão no dia 27 deste mês. Apesar de ser um amistoso preparativo para o Mundial da Rússia, muitos torcedores pensam em revanche, pois aqueles 7 gols da fatídica partida da Copa de 2014 ainda estão entalados nas gargantas verdes-amarelas. 
Mas a Seleção daquela época, comandada pelo técnico Luiz Felipe Scollari, era totalmente diferente da atual, agora comandada por Tite. Com o tempo, acredito que muitas histórias ainda poderão vir à tona desse jogo considerado atípico, derrota humilhante, algo jamais ocorrido com a Seleção Brasileira.
Porém, nos primórdios da Seleção, pouco tempo depois de Charles Miller ter introduzido o futebol em terras tupiniquins, os brasileiros sofreram derrotas semelhantes dentro dos gramados. Não tão esmagadora como essa, mas levaram grandes surras. Veja algumas:

1) Uruguai 6 x 0 Brasil: no dia 18 de setembro de 1920, um ano depois do Brasil conquistar seu primeiro título internacional (o campeonato Sul-Americano, atual Copa América), nossa seleção levou uma goleada histórica dos uruguaios em Valparaíso, no Chile, na disputa do Campeonato Sul-Americano deste mesmo ano. Infelizmente, não contou com o grande Arthur Friedenreich, o primeiro grande craque brasileiro, que fora campeão sul-americano no ano anterior, apelidado de "El Tigre" pelos próprios celestes;

2) Iugoslávia 8 x 4 Brasil: apesar de nunca ter sido uma grande expressão do futebol mundial, a Iugoslávia, hoje dividida em Bósnia e Herzegovina, Croácia, Montenegro, Macedônia, Sérvia, Eslovênia e Kosovo, em 3 de junho de 1934 estufou nossas redes em oito ocasiões, num amistoso em Belgrado. Mas, tempos depois, tornaria-se nossa grande freguesa;

3) Argentina x Brasil: a Copa Roca é disputada apenas entre as seleções de Brasil e Argentina. Pois em 1939 e 1940, nossos maiores rivais dentro das quatro linhas, em três jogos fizeram 16 gols! 5 x 1 em janeiro de 1939, o mesmo placar em 17 de março de 1940, e no dia 5 de março de 1940 os argentinos venceram por 6 x 1! Quanta repercussão teria nos dias atuais através dos memes!

4) Bélgica 5 x 1 Brasil: já na era romântica do futebol brasileiro, num amistoso em Bruxelas, o Brasil sofreu nos pés belgos. 24 de abril de 1963 foi a data, quase um ano depois de Pelé, Nilton Santos e Garrincha ajudarem a plantar a segunda estrela de campeão mundial acima do escudo da camisa canarinho. Apesar de contarmos com alguns remanescentes do Bicampeonato de 1962, nenhum desses três craques estavam em campo, na ocasião. Se tivessem, teriam evitado o vexame.

Mas a tendência é que tudo poderá ser diferente dessa vez no Olympiastadion, em Berlim. Uma nova partida, uma nova seleção, e apesar da imperdoável derrota, o importante é aproveitar a partida amistosa como uma preparação, esquecendo o forte termo "revanche". Mas, tirando uma pergunta - que não quer calar - da canção homônima do polêmico músico Lobão, "se tudo deu errado, quem é que vai pagar por isso?"