domingo, 30 de junho de 2013

BRASIL E ESPANHA 63 anos depois se reencontram no Maracanã hoje

Pela segunda vez, Brasil e Espanha se enfrentarão no Maracanã. Hoje também é uma decisão, mas na primeira vez em que se enfrentaram ainda não existia a Copa das Confederações, estávamos disputando simplesmente a IV Copa do Mundo, aquela fatídica que perdemos para o Uruguai em pleno Estádio Mário Filho, no Rio de Janeiro.
Era o último jogo antes da maior tragédia do futebol brasileiro, e havíamos goleado a Suécia por 7 a 1! O time estava "supimpa", lembrando uma gíria da época, e éramos favoritos para a conquista do Mundial, e a goleada frente à Espanha só veio a fortalecer esse favoritismo.
Apesar do retrospecto desfavorável (havíamos perdido para a Espanha na Copa de 1934 por 3 a 1) a torcida aguardava mais uma vitória brasileira.
O artilheiro Ademir de Menezes, do Vasco da Gama, o Roberto Dinamite da época, abria o placar aos 15 minutos. Jair Rosa Pinto aumentou em seguida, aos 22 minutos, e aos 31 foi a vez do contestado atacante Chico, também do Vasco, fazer o terceiro.
Fomos para o vestiário com a vitória praticamente garantida. Mas a Seleção voltou ao segundo tempo querendo mais.
Chico novamente chega aos 10 minutos para fazer o quarto gol. O quinto gol foi de Ademir, outra vez. E, fechando a tampa do caixão espanhol, Zizinho chuta para fazer o sexto e último gol. Nem se deu importância ao gol de honra da Espanha, pois a essa altura a torcida cantava em uníssono a marchinha carnavalesca "Touradas de Madrid", cujo autor, Braguinha, estava presente no Estádio.
Emocionado com a atitude da torcida ao cantar sua música, Braguinha chorava copiosamente. Um homem negro comentou : - O Brasil tem cada uma.... centenas de pessoas felizes e cantando e esse espanhol fdp chorando no meio de tudo..."
Mas, infelizmente, no jogo seguinte a mesma centena chorou de tristeza ao término dele.

Ficha Técnica
13/07/1950 - Brasil 6 x 1 Espanha - Maracanã (Rio de Janeiro)
Público: 152.772.
Árbitro: Reginald Leafe (Inglaterra).
Auxiliares: George Mitchell (Escócia) e José da Costa Vieira (Portugal).

Brasil: Barbosa; Augusto e Juvenal; Bauer, Danilo e Bigode; Friaça, Zizinho, Ademir, Jair e Chico. Técnico: Flávio Costa.

Espanha: Antonio Ramallets; Gabriel Alonso e Juan Gonzalvo II; Mariano Gonzalvo III, Jose Parra e Antonio Puchades; Estanislao Basora, Silvestre Igoa, Zarra, Jose Panizo e Gainza. Técnico: Guillermo Eizaguirre.

Gols: Ademir (15 do 1º tempo), Jair (22 do 1º tempo), Chico (31 do 1º tempo); Chico (10 do 2º tempo), Ademir (12 do 2º tempo), Zizinho (22 do 2º tempo) e Silvestre Igoa (26 do 2º tempo).

Advertência: Bigode.

http://www.youtube.com/watch?v=esy9N7dNTeU

4 comentários:

  1. O que faz o amor pelo futebol .... e com "precisão cirúrgica" ... Adorei pois não tinha idéia deste jogo e, principalmente, que tinham tantos goleadores vascaínos hihihihihhi . Esperemos que o confronto nos seja favorável apesar de todo o clima que circunda o país na conjuntura política .
    Adorei !!! Bjssss
    Elisabete

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  2. bacana Ricardo!
    em 1950 aconteceu de tudo,inclusive,perdemos o título para os uruguaios que hoje perderam nos penaltes para a italia.

    parabens pelo blog,10!
    abração,
    carlos frança.

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  3. Bete. o time-base da Seleção de 1950 era o Vasco da Gama, na época o melhor do Brasil. O Vasco "emprestou" á Seleção de 50 o técnico Flávio Costa, colocando como titulares o goleiro Barbosa, o defensor (e capitão do Time) Augusto, o meia Danilo Alvim, o artilheiro - inclusive da competição - Ademir de Menezes e o ponta-esquerda Chico. Outros jogadores do Time da Colina também integraram o escrete como reservas da Seleção. Era o caso do zagueiro Eli do Amparo e Alfredo II.

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