domingo, 16 de maio de 2010

DISCOTECA BÁSICA DO BARÃO - Eletric Ladyland (Jimi Hendrix) 1968





Nunca no rock alguém foi tão pesado como Jimi Hendrix, nem mesmo os grupos rotulados como "heavy metal". O gênio que, firmando uma argamassa blues e hard construía os alicerces para o som de guitarra mais revolucionário de todos os tempos.
Qual um guerrilheiro, Hendrix arrancava da guitarra riffs detonadores de canhões, explosivos de amplificadores, colocando fogo literalmente nos instrumentos em quartos cheios de espelhos, onde conversava com Joe.
O mestre do blues pesado eletrônico não se considerava perfeito: " - Às vezes a música que escuto na minha mente, não consigo reproduzir na guitarra." E sua humildade era tão grande quanto sua técnica, a ponto de inusitadamente pedir que a divindade Eric Clapton, então na platéia de um de seus shows, subisse ao palco e o ajudasse a afinar uma guitarra.
Sua criatividade e intuição superava seus próprios limites e até mesmo seu pouco conhecimento de teoria musical ao dedilhar cordas com a ousadia de quem pedia licença para beijar o céu, o que aconteceu prematuramente ao completar 27 anos de idade, exatamente no instante em que a juventude tinha fome e sede de sua música e sua carreira estava no auge.
Audacioso a ponto de tocar em sua Stratocaster o Hino dos Estados Unidos da América em Woodstock, acompanhado de sons de bombas e metralhadoras feitos pela sua guitarra (seria em revolta à Guerra do Vietnã?) para um público já reduzido de um interminável festival, no qual ele fechava com chave de ouro. Outro artista jamais poderia fechar Woodstock: "podem ir embora se quiserem, faremos apenas uma jam-session". Quem ficou acabou assistindo uma de suas maiores apresentações na carreira.
James Marshall Hendrix, natural de Seattle (EUA) era um obcecado por eletrônica. Usava e abusava de pedais, cristais, acionava e entortava alavancas e transformava até microfonia em música.
Para quem menospreza a raça negra, que se conforme com o fato do maior da guitarra ter sido um negro, e outro que surgia na mesma época, também negro, reinava absoluto em outro departamento, e reina até hoje: Pelé. Os negros fantásticos e insuperáveis davam um tapa de luva de pelica na cara dos estúpidos racistas.
A bola nunca mais foi a mesma depois de Pelé. E a guitarra nunca mais foi a mesma depois de Jimi Hendrix, que não queria ser herói ou mártir, mas que jamais foi superado em sua arte.

Electric Ladyland é o terceiro e último álbum de estúdio do grupo The Jimi Hendrix Experience, integrado por ele, pelo baterista Mitch Mitchell e pelo baixista Noel Redding, e foi lançado em 1968. É considerado um dos maiores álbuns da história do rock.

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Um comentário:

  1. Barão,, adorei o seu blog,,, que frase, heim?
    a bola nunca foi a mesma depois de Pelé e a guitarra nunca mais foi a mesma depois de Jimi Hendrix!! nossa,, é uma frase e tanto!! adorei,,viu? parabéns pelo blog e pelo texto de gabarito musícal!! fantástico,.... Isa.

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